Ontem era um dia especial e o casalinho cá da casa, como adora ter pretextos para se tratar bem, foi jantar a um restaurante que já queria experimentar há algum tempo mas cujos preços eram pouco convidativos.
Na véspera, depois de ter escolhido o restaurante, questionamo-nos se havíamos de reservar mesa. "Bem, como é um espaço mais caro, se calhar não é necessário reserva porque não deve ter muita gente...", pensei eu. "Afinal, o país está em crise, o jantar não deve ficar por menos de 45€ por pessoa e não haverá muita gente a celebrar qualquer coisa especial nesse dia."Vou ligar para fazer reserva", disse ela. E assim foi.
O grande choque ocorreu quando lá chegamos. Mesas livres? Só a que nos esperava! (Eu sou tão ingénua... Ainda acredito que a crise afecta as classes altas... nunca mais aprendo...)
Adorei o jantar (principalmente a companhia)!
A comida era divinal.
O serviço era excelente.
O espaço era muito agradável.
A clientela era do mais reles que possam imaginar.
Desde miúda que tenho a sorte de os meu pais, de vez em quando, me levarem a jantar a sítios onde, se dependesse da minha carteira, não iria. Habituei-me a encontrar nesses espaços pessoas com um certo tipo de comportamento. Se calhar é um preconceito que fui desenvolvendo, mas o que verifico é que nesses sítios as pessoas têm mais cuidado com a educação, boas maneiras e delicadeza.
Ontem, se avaliasse pelas pessoas que me rodeavam, pensaria estar a jantar no Piolho (sem qualquer desmérito para este que frequento há alguns anos).
Na mesa que estava no canto, uma senhora comia com a mão esquerda no colo, o tronco todo inclinado para cima do prato e com o garfo na mão direita, que quase não precisava levantar para chegar à boca por esta estar a poucos centímetros do prato. (blhérk!)
Ao nosso lado, um senhor tirava comida do prato dele para pôr no prato da senhora que jantava com ele, ela tinha o elástico do cabelo pousado em cima da mesa, usava a mão direita para abanar no ar o garfo com uma batata espetada na ponta enquanto falava e nunca se ouviu um "obrigado" para quem os servia. (medonho!)
Atrás de nós, uma senhora soltava gargalhadas com um volume tão alto que nem a mesa "lá do fundo" escapava de as ouvir. (assustador!)
Já tive algumas discussões por causa deste assunto.
Ok, é claro que eu não sou o "topo" das boas maneiras à mesa. Por vezes também cometo um ou outro erro (principalmente quando não estou à vontade), mas são menores! São erros que podem "escapar" e não aquele tipo de erros que demonstram uma lacuna muito profunda na educação ou desenvolvimento de boas maneiras (porque mesmo quem não aprende em casa pode aprender por si mais tarde).
Lição de ontem à noite: dinheiro até pode não trazer felicidade mas o que não traz de certeza é boa educação.
Na véspera, depois de ter escolhido o restaurante, questionamo-nos se havíamos de reservar mesa. "Bem, como é um espaço mais caro, se calhar não é necessário reserva porque não deve ter muita gente...", pensei eu. "Afinal, o país está em crise, o jantar não deve ficar por menos de 45€ por pessoa e não haverá muita gente a celebrar qualquer coisa especial nesse dia."Vou ligar para fazer reserva", disse ela. E assim foi.
O grande choque ocorreu quando lá chegamos. Mesas livres? Só a que nos esperava! (Eu sou tão ingénua... Ainda acredito que a crise afecta as classes altas... nunca mais aprendo...)
Adorei o jantar (principalmente a companhia)!
A comida era divinal.
O serviço era excelente.
O espaço era muito agradável.
A clientela era do mais reles que possam imaginar.
Desde miúda que tenho a sorte de os meu pais, de vez em quando, me levarem a jantar a sítios onde, se dependesse da minha carteira, não iria. Habituei-me a encontrar nesses espaços pessoas com um certo tipo de comportamento. Se calhar é um preconceito que fui desenvolvendo, mas o que verifico é que nesses sítios as pessoas têm mais cuidado com a educação, boas maneiras e delicadeza.
Ontem, se avaliasse pelas pessoas que me rodeavam, pensaria estar a jantar no Piolho (sem qualquer desmérito para este que frequento há alguns anos).
Na mesa que estava no canto, uma senhora comia com a mão esquerda no colo, o tronco todo inclinado para cima do prato e com o garfo na mão direita, que quase não precisava levantar para chegar à boca por esta estar a poucos centímetros do prato. (blhérk!)
Ao nosso lado, um senhor tirava comida do prato dele para pôr no prato da senhora que jantava com ele, ela tinha o elástico do cabelo pousado em cima da mesa, usava a mão direita para abanar no ar o garfo com uma batata espetada na ponta enquanto falava e nunca se ouviu um "obrigado" para quem os servia. (medonho!)
Atrás de nós, uma senhora soltava gargalhadas com um volume tão alto que nem a mesa "lá do fundo" escapava de as ouvir. (assustador!)
Já tive algumas discussões por causa deste assunto.
Ok, é claro que eu não sou o "topo" das boas maneiras à mesa. Por vezes também cometo um ou outro erro (principalmente quando não estou à vontade), mas são menores! São erros que podem "escapar" e não aquele tipo de erros que demonstram uma lacuna muito profunda na educação ou desenvolvimento de boas maneiras (porque mesmo quem não aprende em casa pode aprender por si mais tarde).
Lição de ontem à noite: dinheiro até pode não trazer felicidade mas o que não traz de certeza é boa educação.
4 sobreviveram ao "lápis azul":
Eu desde que entrei para o curso de cozinha que me dou ao luxo de "levar os papás" a jantar aos melhores restaurantes da cidade. E devo confessar que verifiquei exactamente o mesmo que tu, a classe alta não tem maneiras!
...agora é "trés chick" não ter maneiras...
...é claro que alguns abusam...
vacuum
Leonor, erro meu o uso incorrecto dos termos. classe alta não é igual a pessoas com dinheiro. Na situação que relato encontrei pessoas com dinheiro mas que de classe alta não tinham nada.
Anônimo, não me tinha apercebido que era moda não saber comer à mesa... Ando mesmo fora...
...pois andas...não é só não saber comer à mesa, é extensivo às boas maneiras e educação em geral...e ele à pessoas que abusam mesmo!!Tomam a parte pelo todo.
Mas deixa lá que isto passa e, quando deres por ela, tás outra vez na "moda"; ça, c'est chick!!
vacuum (aspira-dor)
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