Too bad to be true

Por vezes os olhos lêem mas a mente recusa-se a entender e a acreditar.

De onde me encontro neste momento, em pouco mais de uma hora me colocava numa cidade onde os membros de um júri, num julgamento penal, optaram pela absolvição de um homicida, que espetou 57 vezes uma faca no corpo de dois homossexuais, por considerarem que agiu em legítima defesa por ter medo de ser violado.

Continuo à espera do momento em que acordo e descubro que tudo não passou de um pesadelo parvo.


Via: Avenida Central

5 sobreviveram ao "lápis azul":

B' disse...

Legítima defesa?!
Isto só pode ser um pesadelo...

indigo des urtigues disse...

Se não lê-se e me informasses não acreditaria.

Qualquer juiz perceberia que após meia dúzia de facadas, a ideia de auto-defesa deve perder força e depois...quando alguém tem medo, a tendência é fugir (não digo que sempre) mas não ficar a atear fogos etc...enfim..Pior é como num caso destes que à partida se saberia propenso a juízos parciais e complexos...é um colectivo civil a ajuizar? :S soa-me a discriminação e homofobia pura...

Cris disse...

O pior é que a homofobia chegou aos tribunais!
E ainda querem que acreditemos na justiça?
Acho que acredito mais depressa na divina...

Gayja disse...

indigo, é precisamente essa a questão.

Cris, pois... Da próxima vez que se deixarem levar pelas considerações jurídicas dos jornalistas e do que se diz na rua, lembrem-se deste caso que demonstra bem a competência dessas pessoas para falar e decidir assuntos jurídicos (afinal, o júri é constituído precisamente por cidadãos como, só a título de exemplo, os jornalistas). É que ainda que seja homófobo, um juiz nunca teria fundamento para aplicar a legítima defesa porque tem de preencher um número de requisitos e ele sabe-o (ao contrário do povo em geral...). Eu acredito na justiça (e não na divina ;P).

Anônimo disse...

...tchiiii, como nós andamos...só falta prenderem o Courbet...!!


sandeman