(Voltei só mais uma vez para dizer que)

Tenho um primo de 13 anos, que se auto-classifica como "pré-adolescente", cujo pai não deixa andar com calças a caírem pelo rabo abaixo. Vai daí, para garantir que parte dos boxers ficam à vista, o meu primo puxa-os quase até ao umbigo!

Autch!!

Integração no meio escolar, a quanto obrigas...

(Voltei só para dizer que)


O meu pai já foi o meu herói.

Aquele que me deitava à noite e, com infinita paciência, desejava boa noite a mim, a todos os brinquedos e ainda a todos os animais que estavam pintados num poster que tinha no meu quarto.
Lembro-me perfeitamente de acordar e percorrer a casa toda à procura do meu pai, não o encontrar e desatar a chorar. Lembro-me de quando ele voltava de uns dias fora e me perguntava "tiveste muitas saudades" e eu respondia que sim (mesmo sem saber o que eram saudades) só para receber o livro e a cassete da Disney.
Ainda tenho algures guardado o postal (com uma joaninha desenhada) que ele me enviou no meu aniversário (5 ou 6 anos) quando uma reunião em Lisboa o impediu de estar comigo nesse dia. E nem vos conto a paciência daquele homem para todos os anos fazer inúmeros barcos de casca de laranja para servirem de taças para gelatina na minha festa de aniversário (que até tinham velas feitas com palitos e papel!). Agora até me lembrei do arroz de leite que ele apresentava como sendo a sua grande especialidade e que eu adorava (mas que não passava de arroz do dia anterior aquecido numa frigideira com um pouco de leite, que almoçávamos quando a minha mãe não estava).
Tínhamos uma relação muito próxima e era ele que conversava comigo para me tentar fazer entender que eu não tinha razão e era parva naquela fase, no início da adolescência, em que estava sempre chateada com a minha mãe.
Ainda hoje me rio a lembrar do ar palerma (mas, estranhamente, também orgulhoso) com que ele disse "a minha filha já é uma mulher" e me deu um grande abraço quando lhe disse que tinha acabado de ter a menstruação pela primeira vez.
Às vezes consigo até ainda ouvi-lo dizer "porta-te bem" com a voz a fugir e o coração apertado quando me deixou pela primeira vez num Domingo à noite, véspera do meu primeiro dia de aulas, à porta da casa onde viria a passar os meus tempos de universitária.
E podia ficar aqui o resto do dia a relatar todas as boas recordações...
Infelizmente as relações estão também cheias de momentos maus. E eu tive alguns com o meu pai. Alguns mais recentes que criaram um muro entre nós.
Hoje o meu pai não faz parte da minha vida como já fez e como eu gostaria que fizesse.
Eu sei que ele tem orgulho em mim. Mas não o admite.
O medo e a "casmurrice" ainda nos mantêm afastados.

Mas hoje vou almoçar com ele.

Já que a minha vida está em standby, porque não alarga-lo também a este blog?

Até já!

(desabafo)

(A vida é tão curta para a desperdiçarmos com chatices e desentendimentos parvos com pessoas de quem gostamos.
Hoje decidi que em breve vou falar com o meu pai...)
Vou-me deitar.


E a grande novidade é: pela primeira vez este ano, não vou ligar o despertador!!



(eu sei, eu sei... a minha vida é deprimente...)
Daqui a 7 horas estou de férias!!

Ando aqui a matutar...

Conheci há alguns meses uma colega com quem me dou bem. Tomamos café no intervalo, falamos no messenger, já chegamos a ir jantar e beber uns copos.

Desde a primeira vez que a vi, o meu gaydar alertou-me (não me venham com coisas! Ok, não sei definir "gaydar" mas topei uma certa maneira de olhar...). Tive até a sensação que era recíproco.
Mas estou numa área onde não dá para arriscar portanto a única maneira de tirar o assunto a limpo era ir "dando umas tacadas" de vez em quando e medir a reacção.

Nada.

Sempre que conversavamos eu ficava com a impressão que ela estava também a fazer o mesmo jogo que eu.
Às vezes eu chegava atrasada, não cumprimentava ninguém e, quando a cumprimentava algum tempo mais tarde, lia no olhar dela um "estava a ver que nunca mais olhavas para mim".
Um dia estava a falar com ela no messenger e ia comentando com a minha namorada que preparava o jantar. Nessa altura disse "começo a achar que ela está apaixonada por mim e não sabe".

Entretanto a minha namorada também a conheceu e saímos algumas vezes. Confirmou: "ela fez questão de ficar de frente para ti", "eu vi-a a olhar para ti mais do que uma vez", "sempre que ias ao bar ela ia também e não ia com mais ninguém" e "viste ela a fazer-se ao X? que desgraça... não tem mesmo jeitinho nenhum..." .

Ora bolas.
Estou cada vez mais certa que estamos perante um caso muito curioso.
Tenho quase a certeza absoluta que ela é gay e não sabe!

(Mas também não vou ser eu a dizer-lhe... Procuram-se voluntárias para a nobre tarefa!!)

Mau Maria!

Troca de e-mails com um amigo que está a planear um jantar:

Ele: "Jantar... blá, blá, blá... aproveito para estender o convite (obviamente) aos respectivos de cada um!!!"

Eu: "Blá, blá blá... Isso dos respectivos...quem leva respectivos?"

Ele: "entao nao sabes quem leva os respectivos??? eu vou ser mais explicito:ou convidas e levas contigo a X (minha namorada) ou em alternativa vou ser eu a convida-la para ser minha companhia no jantar!!!:P lol"


Os meus amigos gostam mais da minha namorada do que de mim!! (snif, snif...)


Adenda (23:17h):

Eu: "Ok, confirmo a minha presença. Mas a respectiva não vai... "

Ele: "o que??? ela nao vai??? entao a razao de ser deste jantar deixou de existir... eu so quis marcar isto para poder estar com ela sem dar nas vistas!!! bolas... "

É só para avisar...

que esta é a "posta" número 666.


\m/

Muahahahaha!


Tenham medo... Tenham muito medo...

"É o fim do mundo!"


- O twitter é terrível! As pessoas escrevem cada palermice... E vai para lá uma falta de vergonha!


- "Falta de vergonha"?

- Sim! As pessoas expõem, sem qualquer vergonha, a sua falta de ocupação profissional! Não fazem nenhum, passam o dia à volta do twitter e não têm vergonha! Claro que há pessoas que recebem o seu salário mas não trabalham, ou só fazem o mínimo, ou só trabalham quando o chefe está em cima delas... Toda a gente sabe que há muitos assim! Mas podiam, pelo menos, ter a decência de disfarçar!!

Guerra aberta ao twitter!




Hoje é dia 11 de Março!

E cheguei finalmente a 2009!!

Weeeeeeeeeee








Não desejo bom ano a ninguém porque vão pensar que sou louca, mas desejo-o a mim própria!
Que 2009 seja o ano em que obtenho os (já merecidos) resultados de um 2008 muito sofrido!

"Música no coração"



- Curto tótil esta música. É super irritante mas também é viciante!

- Bagh... Curtes isto?

- Havias de a ver a cantar esta música de manhã quando vai a conduzir para o trabalho...

- Uou! A cantar, quando vai a conduzir para aquele sítio, de manhã? Isso é obra!

- Ó! És um dramático! Quando conduzo de manhã, para onde quer que seja, vou sempre a cantar!


Agora que penso nisso, às vezes entusiasmo-me um bocadinho de mais e julgo que posso até assustar os outros condutores...

Só por ser para ti ;) (2)




(E já chega de mickeyzada neste blog!)

O teu filme favorito da Disney tem uma miúda a passear-se semi-nua e a tua mãe acha que tu não tens sinais?» ;P)

Só por ser para ti ;)

Não deixes para amanhã o que podes fazer depois!


Bem sei que estou sempre a queixar-me dos prazos e da falta de tempo, mas a verdade é que sem prazos não consigo trabalhar!

Por exemplo: se me disserem "tens de fazer X" mas não me derem um prazo para o fazer, vou estar cheia de vontade de o cumprir imediatamente para não ter de me preocupar com esse assunto muito tempo, mas uma força qualquer da natureza vai impedir-me de passar das intenções à acção. Resultado: dias, semanas ou meses de tortura a pensar que deveria estar a fazer aquilo mas sempre sem o fazer.

Por outro lado, quando me dizem: "tens de fazer X até daqui a Y dias", sinto logo a adrenalina a percorrer o meu corpo! Encho-me de força e meto mãos à obra com muito mais vontade!

Andava há várias semana a arrastar um assunto porque não me marcavam prazo. Claro que ia lendo uma coisa aqui, outra coisa ali... mas finalmente marcaram-me uma data! E agora sim, já posso trabalhar a todo o gás!

(Reconheço que este meu comportamento é pouco racional mas tenho quase a certeza que não sou a única...)

Aventureira? Nem por isso...

- Achas que eras capaz de largar tudo?

- Largar tudo? Acho que sim. Mas "largar tudo" como?

- Por exemplo: ir para o interior, comprar uma casa com uma quinta, viver numa terra tranquila e fazer compotas?

- Sim. Desde que pudesse fazer outras coisas ao mesmo tempo.

- Outras coisas tipo o quê?

- Sei lá... Ser Advogada ou Juiz ou Magistrada do Ministério Público.

- (riso) Isso não é largar tudo!
Hoje tomei uma decisão e tenho de a escrever aqui como forma de me pressionar a cumprir este novo objectivo: vou inscrever-me num ginásio.

Dia da mulher.

Quando estudava na faculdade, o Domingo à noite era a altura de encher a mala com roupa a cheirar a detergente, voltar a meter os livros na mochila (tanto aqueles livros passeavam... pena que só fossem abertos um mês antes dos exames...) e regressar à cidade onde passaria mais uma semana a curtir (era tão feliz e não sabia...) e a ir às aulas de vez em quando (ora pois, o curso não caiu do céu!).

Não me recordo se foi no 2.º ou no 3.º ano, mas lembro-me de uma noite em que o transporte nessa viagem ficou a cargo da minha mãe. Claro que ela não se controlou e lá começou a conversa do costume... As notas, blá, blá, blá... O futuro, blá, blá blá... E depois disse:

«Porque tu, como mulher, tens de ser melhor. Não basta seres normal e estares ao mesmo nível de outros, principalmente se esses outros forem homens. As mulheres ainda são discriminadas nessa área. E tu, sendo mulher, tens obrigação de ser melhor.»

Naquela altura a minha reacção foi:

«Coitada da minha mãe... Ainda vive no século passado! Isso já não existe! Agora as mulheres e os homens são tratados de forma igual!»

Já estão a ver onde isto vai dar...

Não foi preciso passar muito tempo desde essa noite de Domingo para eu perceber exactamente ao que a minha mãe se referia. E ela tinha toda a razão.
Ainda hoje tem.

Dizem que as mulheres estão a "tomar conta" do Direito. É totalmente verdade.
Mas este facto não exclui a discriminação que ainda existe. Só a torna ainda mais incompreensível!
Não vou sequer referir-me às outras áreas, umas mais flagrantes que outras, pois não vou dar uma novidade a ninguém. Todos sabem que a discriminação ainda existe.

Por isso este dia é importante.
E não é importante para as mulheres. É importante para o ser humano. É importante para todos os que defendem uma sociedade igualitária e justa.
«Estou desconfiada que as mulheres do Minho não devem gostar nada desta coisa do dia internacional da mulher. Estou mesmo a imagina-las: "O quê?!?! Um dia para comemorar direitos iguais entre homens e mulheres?? Mas nós não temos mais direitos do que eles?!?!"»

Gula:



é uma coisa tão feia...

Ao jantar:

- Entre nós há esta confluência de vibrações hediondas...

- Hediondas?!

- Sim, de vibrações hediondas.

- O quê?!?

- Que foi? Confluência de vibrações e - de - ondas!

- Aaaaaaaah! Uf...

É só "categoria"!

Não sei porquê, hoje lembrei-me de um colega meu de escola que era um rufia!
Andava sempre de boné e brinquinho, calças de ganga e sapatilhas Nike e tinha um dos dentes da frente partido.
Era muito mau aluno (foi parar à minha turma como repetente), era mesmo indisciplinado e mal-educado. Respondia aos professores e faltava às aulas quando lhe apetecia.
Um dia, numa aula de Português, alguém disse qualquer coisa que não lhe agradou e ele respondeu com um palavrão qualquer e disse "depois vamos resolver isto lá fora!"

Não sei porque me fui lembrar dele hoje...





(As pessoas falam, falam, falam... mas democracia é mesmo isto: ter no Parlamento representantes dos cidadãos! Ora vamos lá a ver, depois da história da "falta de homem" só faltava mesmo esta para nos garantir que estamos devidamente representados! Alguém tem dúvidas?)

Discussões

Isto não vem a propósito de nada mas há algum tempo que tenho curiosidade em saber como funciona com as outras pessoas.

O tema é: discussões entre o casal.
Toda a gente diz que é normal os casais discutirem.

Será mesmo?

Se sim, até onde uma discussão é normal?

Será uma questão de tempo?
Uma discussão normal dura pouco tempo e uma não normal dura muito?

Será uma questão de tom de voz?
Numa discussão normal fala-se baixo e numa discussão não normal berra-se?

Estará a diferença no que se diz?
Numa discussão normal não há ofensas e ataques e numa não normal há?

Ou será a frequência?
Discutir uma vez de 2 em 2 meses é normal mas discutir todas as semanas não é?

Onde está a fronteira?
Depende do casal?
Depende de cada pessoa?

Agora que penso melhor, todas as questões me soam tão parvas...
Alguém tem uma resposta?




PS - para os coscuvelheiros: sim, já discuti com a minha namorada.

Maldita Soko e o seu "ál quil a" que entra na cabeça e fica!
Grrrrrrrr!
Preciso urgentemente de outra música!

...

Ah! Já sei! Esta costuma funcionar!


:p
puta que pariu a chuva. que traça para ir fumar um cigarro lá fora...

(desabafo)

Ainda há quem tenha alguma dificuldade em entender isto: a minha casa é onde a mulher que eu amo estiver. Por muito que possa desagradar a uns ou causar desconforto a outros.

Estou farta de stresses que não têm qualquer sentido!
"Mente a este, oculta daquele, engana o outro". Só bons conselhos! Tudo para me ajudar e facilitar a vida, dizem... Mas no final só piora! Surgem mais exigências, mais cobranças e ainda acusações. Termina sempre da mesma forma: com a tentativa de me fazer sentir mal pelo que faço.

Não funciona! Eu não vou desistir, não vou voltar atrás, não vou ceder!
É a minha vida que está em causa e dessa, para bem ou para mal, por muito que ainda custe a algumas pessoas entender, só eu sei! Não concordam? Problema vosso!

Julgam que estão a zelar pelo meu bem, que eu estou errada? Tudo bem, têm total liberdade para pensar o que quiserem! Mas, ainda que tenham razão, nada podem fazer! Eu tenho o direito de errar, de bater com a cabeça, de viver e seguir o meu próprio caminho: não pode ser de outra forma, jamais seguirei um caminho traçado por outros!

As vitimizações, as ameaças, os julgamentos... de nada servem. A verdade é óbvia: eu não estou a fazer nada de mal!!
Não estou, mesmo! E não entendo qual é a dificuldade em entender algo tão simples!
Eu não estou a fazer nada de mal e estou farta de ser tratada como uma "criminosa"!

É muito simples: eu e a minha namorada não somos uma só, obviamente. Cada uma tem a sua vida e a sua carreira. Mas pretendemos partilhar tudo, tanto quanto possível. Construir o nosso espaço, a nossa vida. E para isso vamos traçando o nosso caminho, juntas.
Se desagrada a alguém, o problema não é meu: é sim de quem não tem noção do seu espaço/lugar na minha vida e acha que tem legitimidade para interferir em espaços que lhe estão vedados.

Um dia o copo enche...

Mais um!

É indiscutível que a luta contra a discriminação deixou há muito de ser uma luta exclusiva das associações LGBT para passar a ser também uma luta de todos os cidadãos que se manifestam pela defesa dos direitos fundamentais e da cidadania plena.

Por todo o lado surgem manifestações públicas de repúdio de qualquer tipo de discriminação (quer seja através de comentários ignorantes, quer seja através da lei).

Hoje encontrei mais um grande contributo:

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Não sei o que faria sem ti...