Passagem de ano é quando uma mulher quer

Não vou fazer balanços.
Não vou pensar em desejos ou resoluções para 2009.
É que por estes lados, 2008 só acaba lá para Março.

Desafio (porque não?)

Proponho um desafio!


Vamos tentar descobrir quem vai ter o fim de ano mais deprimente da blogosfera?


Aposto quanto quiserem que este aqui ganho eu!!

A sabedoria...

... de uma criança de cinco anos:

- De quem é este carro?

- É da P.

- A P. anda de carro?

- Anda... A P. já é grande. E está a estudar para ser Juiz.

- Ah... Eu sou touro! E o meu irmão é peixes!

"Toma lá que já almoçaste" (2)

Toca o telemóvel:

- Estou sim?


- Sim?

- Com quem deseja falar?

- Com a mulher da minha vida.

- Ah... Ela não está...

- A Senhora Xing Xong Ying não está?!


E assim fiquei a saber que a tal vizinha é chinesa!
Mensagem directamente do outro lado do mundo de alguém que se encontra perante uma das maravilhas do mundo

«Espectacular. Beleza indescritível.»

Ena. Pensar em mim em tal circunstância pode ser tomado como um elogio, certo? ;)




Mas agora deu-me para fazer posts a falar sobre sms?

Forças da natureza

Toda a gente conhece a regra segundo a qual uma camisa branca em dia de reunião importante atrai inevitavelmente uma nódoa de café.

Também é do conhecimento geral que quando se está à espera do autocarro basta acender um cigarro para ele aparecer.

O que não sabia é que, se nunca recebemos mensagens no telemóvel enquanto dormimos, basta deixa-lo ligado e com som uma só noite para sermos acordados pelo toque de mensagens às 2:43h, às 6:55h e às 8:22h.

Please, don't divorce them

Sim, é verdade, no fundo (e não tão lá no fundo quanto isso) sou uma lamechas...



Mais aqui.


Encontrado aqui.

"Toma lá que já almoçaste"


- Namú, amas-me?


- Não. Amo a vizinha ali do lado. A ti só acho uma certa graça. A vizinha é que é a mulher da minha vida. Ó, que mulher!


Hai... Uma gayja tem de ouvir cada uma!

Depois do natal (5)

Na ceia de natal, depois de "dois dedos" de conversa, sentamo-nos todos à mesa.
Alguém tinha de fazer conversa e o meu pai achou por bem tomar a iniciativa.

- Vocês leram o Público de hoje? Leram a coluna que lá vinha de um gajo que costuma escrever no P2. Acho que se chama Desidério Murcho. Estava brilhante. Diz ele que os homossexuais ficaram muito incomodados com o discurso do Papa mas esquecem que o Papa também tem liberdade de expressão. Ele também tem direito a dizer disparates. Além disso, quem liga ao que ele diz? Os católicos são cada vez menos e nem esses ligam muito ao que o Papa diz.

Ainda estou a tentar perceber se o meu pai, que se farta de dizer que me conhece muito bem, achou mesmo que eu ia ficar calada perante tamanho disparate. O que lhe terá passado pela cabeça?

- Pois é. Aliás, eu nem sei porque é que de cada vez que o Presidente do Irão faz declarações públicas anti-semitas toda a gente se revolta. Ele não tem também direito a liberdade de expressão? E afinal, quantos são os iranianos? E mesmo os muçulmanos, nem todos concordam com ele. Não entendo porque nos preocupamos. Eu nem sou judia!


Irrita-me profundamente a leveza com que se aborda certos assuntos.
Mas irrita-me ainda mais que pessoas da minha família, que sabem que sou lésbica, comentem estes assuntos na minha presença de forma tão leviana.
Porque tenho de ser tolerante com isto? Até quando terei de o ser?


Ainda sobre este assunto: aqui.

Depois do natal (4)

Em conversa com um tio:

- Vê lá se começas a fazer asneiras para a tua tia-avó parar de estar sempre a elogiar-te! Ontem e hoje fartou-se de falar bem de ti.

Ora bem, assim de repente até me lembro de algo que eu poderia assumir e seria infalível! Mas vamos guardar isso para outro natal...

Depois do natal (3)

A esta hora, se a vida não tivesse como passatempo favorito trocar-me as voltas, estaria já a caminho da Índia.
Ontem comecei a queixar-me da vida a um primo:

- Cheguei até a ter a viagem marcada mas depois alteraram as datas dos exames... Era uma oportunidade única...

- Deixa lá! Vais depois noutra altura!

- Noutra altura quando? Agora eles já tinham tudo organizado, eu só tinha de ir e curtir. Além disso, tinha companhia. Noutra altura, quem vai comigo?

- Não falta quem queira ir à Índia.

- Sim, mas e quem tem dinheiro para isso?

- Olha, eu por acaso gostava muito de lá ir. Até podíamos pensar nisso. Este ano não posso mas no próximo ano...

- A sério?

- Sim, podemos depois combinar isso.



YES!

Depois do natal (2)

Depois de almoço (a que eu e meu irmão chegamos com uma hora de atraso) vou ter com a minha tia (que chegou ainda depois de nós porque esteve a trabalhar):

- C., dás-me a vacina?

- Ah! Agora não dou! Não esperaste por mim para almoçar, agora nada feito! Tens de tomar a vacina em jejum. Se tivesses esperado por mim para almoçar tinhas tomado a vacina assim que eu chegasse. Agora só logo à noite!

- Hã? Jejum? Não sabia...

- Pois é. Agora só logo à noite.

1:30h depois: Já estou com fome... Aquele bolo de chocolate ali... Mas não posso comer...

2h: Já lanchava... O bolo de chocolate a chamar por mim... Que chatice não poder comer...

2:30h: Que fome...

3h depois:

- C., podes dar-me a vacina agora? Estou cheia de fome...

- Sim, anda lá tratar disso. (Dirigindo-se para os primos) Quem quer vir ver a Gayja a levar a vacina?

- NÃO!! Nem pensar! Não quero público a ver as minhas tristes figuras!

(duas primas miúdas): Eu quero! Eu quero!

- Já me lixei...

Vacina tomada, primas divertidíssimas, descer em direcção à sala e...

- O bolo de chocolate acabou?!?! Maldita vacina!!

Resignada, sento-me à frente da televisão com o meu pai.

- Pai, é preciso estar em jejum para tomar a vacina da gripe?

- Não, claro que não.

- Como?? Cccccccccc.!!!

- Que foi?

- Disseste que era preciso estar em jejum! Era treta!!

-(com riso de criança marota) O quê? Qual jejum? Não sei de que falas...


Serei eu a única a achar que os meus tios (com mais de 40 anos) já começam a não ter idade para estas brincadeirinhas??

Depois do natal (1)

Ontem, depois do almoço, sentei-me no sofá e tinha à minha volta uma Playstation ligada à televisão e sete PSPs. Sete!!

No meu tempo (ai... estou a ficar velha...) tínhamos uma Mastersystem que tinha de dar para todos e os mais velhos proibiam-nos de a ligar em dias de festa.

Como se não bastasse esta comparação para me fazer sentir "cota" ainda cometi a loucura de ligar uma das PSPs.
Bolas!
Aquilo é complicado! Está cheio de opções e definições!

Quando finalmente comecei a jogar, não passei sequer do primeiro nível!! Havia sempre um monstro que, por mais facadas que lhe desse, não morria!
Incapaz de lidar com esta frustração (e antes que algum dos meus primos mais novos se apercebesse do que se estava a passar naquele pequeno ecrã - afinal a autoridade de prima mais velha tem de ser salvaguardada por uma aparência de superioridade em todas as áreas), juntei-me aos mais velhos e fui fumar um cigarro...
Antes que fiquem a pensar que sou super-antipática (o que até sou mas quem não me conhece pessoalmente não necessita sabê-lo),

A quem enviou por aqui ou por e-mail votos de feliz natal:
muito obrigada.
Espero que todos tenham tido um bom natal e tenham tido muita sorte com os presentes! (eu tive! ;p)



Espero que ninguém se chateie comigo por não ter enviado e-mails e mensagens a desejar bom natal...
A razão é muito simples: não sou católica, não atribuo qualquer significado à celebração do natal e apenas me reúno com a minha família nestes dias porque eles são católicos. Se dependesse de mim, não faria qualquer tipo de celebração nesta época. É apenas mais um jantar ou almoço que não tem qualquer sentido especial.
Por assim ser, custa-me imenso a entrar naquilo a que muitos chamam "espírito natalício"...

Procrastinar é que está a dar

A propósito de procrastinação (sei que parece não vir a propósito de nada mas a procrastinação é algo que está sempre presente, logo, vem sempre a propósito, não é prima?) adivinhem quem só vai tomar a vacina da gripe depois de amanhã...

Será que ainda faz efeito? Ou simplesmente me garante estar doente na passagem de ano?

E a propósito da passagem de ano (e de procrastinação outra vez), eu e a minha namorada devemos ser as duas únicas alminhas que ainda não têm nenhum plano... Não tem havido tempo para pensar nisso e a vontade de grandes cowboyadas não está por aí além... Cheira-me que só na véspera vai haver decisões...

Viva a procrastinação!

Mais vale tarde que nunca!

Finalmente (!), em resposta ao desafio da Estrelaminha, da @rco íris e da minha mui estimada Mente Assumida, cá vai:

1. Colocar uma foto individual nossa:


2 - Escolher uma Banda/Artista: Beatles

3 - Responder às questões somente com títulos da Banda/Artista escolhido:

a) És homem ou mulher? Girl

b) Descreve-te: Devil in her heart

c) O que as pessoas acham de ti? You can't do that

d) Como descreves o teu último relacionamento: I should have known better

e) Descreve o estado actual da tua relação: And I love her

f) Onde querias estar agora? Yesterday

g) O que pensas a respeito do amor? Can't buy me love

h) Como é a tua vida? I'm a loser

i) O que pedirias se pudesses ter só um desejo? Yellow submarine

j) Escreve uma frase sábia: Tomorrow never knows

Ena! Consegui!
E agora não desafio ninguém porque é natal, o pessoal já tem muitas coisas para fazer e não quero atrapalhar ninguém!

Ó velhote de barba branca,

a ver se desta vez atinas!

Este ano é um assim:


mas em preto, ok?

Nada de confusões porque de meias e pijamas já estou eu cheia!
E se eu não for capaz de lidar com a pressão?

"Imbeija" é uma coisa muito feia...

- A R. está diferente.

- Está mais morena.

- Não. Está diferente noutro aspecto. Está com bom aspecto.

- Ora, pois, claro que está. Aquele exame maluco já foi. Vai sair de casa dos pais, está a ficar autónoma e não tarda nada está com o salário a cair na conta no final do mês. Havia uma que dizia "eu não sabia o que era ter um número com quatro dígitos na conta..." e à R. falta pouco para acontecer o mesmo.



Confesso: se a inveja matasse, eu já estaria aqui cortadinha às postas, cheia de larvas e a cheirar mal!!

Copy - paste

Observo, com curiosidade, os "escândalos" de plágio que vão surgindo "aqui e ali" na blogosfera. E fico a matutar...
Que gozo pode advir de se publicar sob nome próprio algo que se copia de um outro sítio qualquer?


Relativamente ao conteúdo deste meu espaço, obviamente não sou original em nada do que escrevo (conforme diz a minha namorada, "já está tudo inventado desde a Babilónia antiga" e nem esta frase é da sua originalidade!) mas nunca plagiei.
Já ocorreu, mais do que uma vez, em trabalhos académicos realizados a altas horas da madrugada, quando a massa cinzenta começava a não responder à necessidade e urgência dos prazos, sentir a tentação de simplesmente copiar o que outrem havia escrito. Contudo, ainda mais do que o peso da ética e da deontologia, o medo e a previsão da vergonha insuportável que surgiria se fosse "apanhada" sempre me afastaram de cometer esse erro.

De volta a este espaço virtual, duvido que algum dia alguém pudesse ter algum interesse em plagiar qualquer conteúdo que aqui se encontre.
Infelizmente, quanto à forma já não estou assim tão segura e hoje, pela terceira vez desde que criei este espaço, fiquei com a suspeita de que outras pessoas se deixam influenciar demasiado pelo que aqui vêem...

Evolução

- Fogo! A minha mãe agora passa a vida a mandar-me mensagens por causa disto. Está obcecada!

- Não sei o que é mais assustador: isso ou o simples facto de a tua mãe te enviar mensagens...

Sempre a "enterrar-me"

Ao som de Gold Lion, Yeah Yeah Yeahs:

- Não és tu que achas piada à miúda quando dá os guinchinhos?

- Sim...

- Mas achas piada à miúda quando dá guinchinhos ou achas piada aos guinchinos que a miúda dá?

- Hum... Aos dois...

- Não me parece nada bem... Uma senhora casada...

- Ai!! Ela é casada?!?

- Ok... Esquece...

- Que foi?

- A casada és tu!

- Aaahhhhh...


Ups!

Geração "sem euros"

A minha maior frustração: não ter independência económica.

Discute-se por aí se somos a geração "1000€" ou "700€".

Deixem-me que vos diga: somos a geração "0€"!

Ontem recebi um telefonema de uma amiga recém-licenciada em Medicina. A partir de Janeiro passa a ser economicamente independente e vai arrendar um apartamento com uma colega. Contou-me também que outra amiga dela acabou de comprar casa.

Eu olho para os meus colegas de curso. Todos em casa dos pais. Calculo que cerca de 80% estejam há mais de um ano a trabalhar de graça (com despesas de transporte, alimentação e roupa formal).
Quanto a mim, mesmo que tudo corra pelo melhor, começarei a obter retribuição apenas daqui a quase um ano.

Se um dia tiver um filho vai ser mais ou menos assim:

- Mãe, quero ir para Direito.

- Não vais! Vais para Medicina.

- Mas é o que eu gosto. Na escola dizem-nos que o que interessa é fazer-se algo que se gosta...

- Na escola não se aprende nada! No meu tempo também diziam essas palermices. Diz-me, de que te adianta teres o sonho e até gostares muito de ser Advogado se não tiveres escritório nem clientes?

- Ó mãe, mas eu posso seguir a Magistratura.

- Não digas disparates, meu filho... Acabas o curso e ainda tens de ficar uma data de tempo a estudar matéria que não tem fim para te candidatares juntamente com milhares de pessoas para 90 vagas. Vais para Medicina e assunto encerrado!

- Ó mãe...

- Não há cá "ó mãe" nem meio "ó mãe"! Não estou para te sustentar além dos 24 anos! Vais para Medicina e acredita no que te diz a mãmã: vais ser muito feliz!


Tribunais internacionais em acção (e uma luz ao fundo do túnel)

«Um tribunal das Nações Unidas condenou hoje a prisão perpétua o antigo coronel Theoneste Bagosora pelo genocídio ocorrido no Ruanda, em 1994.»


Uma excelente notícia vinda do Tribunal Penal Internacional para o Ruanda que prova a todos os "espertinhos" que na minha faculdade diziam que o Direito Internacional Público não serve para nada o quão errados estavam.

Mais aqui.

Esperança? (ou talvez não...)

Sou bastante pacífica e, apesar de tudo, ainda não perdi a esperança de conseguir fazer algumas mudanças no "sistema" por dentro sem ter de recorrer a métodos de luta que impliquem confronto "violento".


Mas tenho a sensação que, se estivesse em Atenas, há vários dias que não poria os pés em casa...




Era tão bom se uma revolta deste género pudesse ter um final feliz...


Não acredito na ilusão de estabilidade do sistema que os nossos pais nos deixam de herança mas , de igual forma, não acredito que riots como as que têm vindo a ocorrer levem a qualquer resultado positivo.

Bolas! Isto deixa-me num conflito interno complicado...

Já agora, será que vai haver alguma resposta aos apelos vindos do berço da Democracia? (Faixas colocadas na Acrópole para pedir manifestações em toda a Europa)
Espero que sim...



Adenda (18/12, 9:52h): Tenho a sensação que, se estivesse em Copenhaga, a esta hora já teria recebido (como recebi várias vezes) uma sms a dizer "Riot, Frederiksberg, 1pm. Coming?"

Surpresa!

- Amor, afinal vou jantar aí.

- Fixe! E o jantar com os colegas?

- Foi cancelado.

- Aaaahhh... Olha, tens de ir embora porque afinal ela vem jantar.

- Sim, diz-lhe que se ponha a andar.

- Anda lá, depressa. Como? Ah! Diz que afinal o jantar com os colegas foi cancelado portanto vem cá jantar. Vá, veste-te rápido.

- Amor, calma, não vou já... Não stresses a rapariga... Só vou mais logo portanto ainda têm tempo para acabar o que estavam a fazer.

- Aaah... Ok, assim está melhor... Olha, afinal só vem mais logo, ainda temos tempo! Podes voltar a tirar a roupinha!



Esta minha namorada não existe...

Conversas com colegas...

Durante o almoço com colegas, entre os quais se encontrava uma ex-líder de "não-sei-o-quê" da JP (que não queria acreditar quando uma outra colega lhe disse que o Paulo Portas é homossexual) :

(Colega 1) - Ou o casamento homossexual...

(Colega da JP) - Ai, mas isso eu sou contra. Acho que se deve criar outra figura que atribua os mesmos direitos mas que tenha outro nome.

(Gayja) - Mas isso é discriminação. Qual é a lógica?

- Não é discriminação. O princípio da igualdade implica que se trate de forma igual o que é igual e de forma diferente o que é diferente.

- Claro. E então? Qual é a diferença?

- Ó! Duas pessoas do mesmo sexo não é igual.

- Porquê? São duas pessoas que se amam.

- Ena Gayja, essa foi bonita... Até se ouviu aqui à frente!

- Sim, mas é diferente.

- Não é nada diferente. E isso de criar outras figuras é só uma forma de continuar a discriminação. Porque não se há-de chamar casamento?

- Porque isso vai contra a origem histórica e religiosa do casamento.

- E depois?

- E não pode ser.

- Porquê?

- Porque não.



lol


Estamos conversadas.

Felizmente fiquei com a sensação que o resto dos colegas que nos acompanhavam concordavam comigo!

A má notícia é que acho que tenho de começar a controlar-me, não me entusiasmar tanto quando estes assuntos vêm "à baila" e não dar a entender que estou tão dentro dos assuntos...

Coisas estranhas

Caixa Multibanco.

Insiro o cartão.

Tic, tic, tic, tic.

"Levantamentos".

"Outras importâncias".

Tic, tic. "10€"

"Só tem disponível notas de : 5€ 20€"

Hã?

Não sei quanto ao resto dos cliente mas por mim, quando quero dez euros, não faço questão de receber mesmo uma nota de 10€...
Aaaaaaaaaaiiiiiiiiii......... que nunca mais chega o Verão...

Comentários que dão posts

Ali em baixo surgiram dois comentários que me levam a voltar a escrever um post sobre o mesmo assunto.

O primeiro comentário é o seguinte:

«rv disse...
o post é injusto do principio ao fim uma vez q os profs da sua cidade n correspondem à maioria nacional, o que aqui fala é de uma pequena maioria e em espaço restrito; como diz o ditado " quem está no convento é que sabe o q lá vai dentro"... Posso-lhe dizer que o processo de avaliação baseado na auto-avaliação foi primeiramente criado pelo ministério e administrado pelo mesmo durante décadas, ora se agora está mal então devem assumir o erro de o ter posto em prática durante o tempo em que existiu.
Segundo, como é óbvio depois de 11 anos a dar aulas não posso ter medo de ser avaliada por terceiros uma vez que sei o q valho e esforço-me p tal, o que n posso aceitar é que todos os profs sejam avaliados mediante o número de docentes de determinada área dentro de um agrupamento, ou será q para si era justo será avaliada numa sociedade de advogados n perante os seus resultados m de acordo com o número de lugares disponíveis nessa mesma empresa?
o q o ministério quer não é justo, humano e mt menos pedagógico pq o que pede é q os coordenadores de departamento dêem as notas que o ministério quer e n as que realmente merecem, pq tudo, tudo, tudo tem a ver com a questão das cotas, m isso penso eu q só entenderá qd entrar p o mercado de trabalho e o sentir verdadeiramente na pele.
É pena, q a nossa posição seja sempre tão mal defendida e representada, mas uma coisa é certa , é q toda gente sabe apontar o dedo ao mesmo tempo q diz q nunca teria uma profissão como a nossa, ora perante isto a incoerência instala-se.
Mais, isto nada tem a ver com lutas partidárias pq se bem ouviram as notícias até associações de profs não sindicalizados se moveram pela primeira vez, juntamente com a confap, concelho de escolas e conselho científico-pedagógico,e ainda em relação a este último organismo q trabalha directamente p o ministério posso-lhe ainda dizer que se demitiram e alguns até se reformaram antecipadamente uma vez que estavam a realizar um trabalho com o minist. com o qual tb n concordavam.
ora como vê são mts as situações, mts as hipocrisias, mts as opiniões mal formadas até mesmo em comunicação social e muita falta de respeito perante uma classe q apenas quer que os deixem fazer de forma pedagógica e saudável aquilo que gosta e p o qual andou anos a preparar-se e vai continuar a preparar uma vez que é das profissões q exige constante actualização de conhecimentos p conseguir atingir os objectivos a q se propõe.
Termino dizem aos restante q se enganem q o ensino vai melhorar com estas avaliações a q estamos sujeitas pq o q se pretende apenas com isto é q todos os profs não subam de escalão p não receberem mais de ordenado, sim pq no ensino não se paga à aula ou ao dia o q queremos, paga-se ao escalão e ao índice de vencimento, sendo este vencimento aquele q corresponde ás horas de aulas que se dá ficando sempre de parte questões pq o ensino nunca se restringe a uma só área m isso a maioria só perceberá no dia em que estiver à frente de uma turma com 30 seres individuais cada um c a sua especificidade afectiva, em salas geladas e velhas cujos quadros de electricidade desligam constantemente pela fraca potência q teem sp que se ligam os aquecedores e em escolas q estão a cair de podre por conta dos protocolos de luxo entre o minist. e as autarquias.
Um aluno é e será sempre um aluno que tenho q respeitar , aceitar e desenvolver, não é nem nunca será um caso que me posso dar ao luxo de não defender pq não vai ao encontro daquilo q mais gosto, nós não temos nem nunca tivemos essa postura e prova disso é q há colegas q já foram bem mal tratados fisicamente.
No dia em que quiserem falar sobre educação então leiam primeiro o Estatuto da Carreira Docente aprovado em 2006 que levou a todo esta luta e dp opinem pr vós próprios e n pelo q parece ou por vivências ainda mal resolvidas.


rv

13-12-2008 16:53»


O segundo comentário é este:

Subscrevo cada palavra de rv. Sendo professora e considerando que faço um bom trabalho adoraria ser avaliada por alguém que reconhecesse o meu trabalho de forma objectiva, não por ser minha amiga ou por achar-me boa pessoa, mas por considerar que sou capaz de transmitir conhecimento e manter os meus alunos motivados.
Quem é que me poderia avaliar?
1. outros professores?
Se são professores avaliam os alunos e não os colegas. Além disso, sendo também professores, estarão eles mesmos a dar aulas e não a assistir às minhas. Sentir-me-ia deveras constrangida se tivesse de avaliar um colega em iguais circunstâncias. Recusar-me-ía como muitos professores têm feito e bem!;
2. pelos alunos?
Parece-me mais coerente dado que são os principais interessados. Contudo, conseguem garantir-me que os alunos serão sérios na sua avaliação e não me irão penalizar por lhes ter dado uma nota negativa?
3. Os pais dos alunos?
Esta proposta seria tão ridicula que nem merece comentário.
4. Os resultados dos testes dos alunos?
Sentir-me-ia tentada a dar boas notas a todos para que não fosse penalizada na minha carreira.
(...)
Para que a avaliação fosse justa, todos os alunos teriam de estudar em boas escolas e todos os professores deveriam ter aceso às mesmas condições de trabalho. De facto, não encontro solução para isto por mais que queira ser avaliada.

Esta história da avaliação dos professores é manobra de entretenimento da parte do governo que na covardia de assumir que o desastre do sistema de ensino neste país se deve à falta de equidade social (no acesso e na frequência de boas escolas e universidades) e ao sucessivo desinvestimento nesta área tenta a todo o custo jogar as culpas para cima dos professores (há obviamente bons e maus professores).
Enquanto a sociedade discute como se deve avaliar os professores não discute sobre o desinvestimento no Ensino. Eis a malvada estratégia de um (des)governo que lava as suas mãos ao mesmo tempo que sufoca escolas e universidades.
Antes de avaliar professores gostava também de avaliar magistrados, gestores e políticos, pode ser?

14-12-2008 3:16»



Como resposta inicial a ambas, utilizarei uma frase que tantas vezes ouvi os meus professores proferir sabiamente:

Leiam o texto com atenção!

Como resposta a ex-pressiongirl farei uso de uma outra que nunca esqueci:

Estudem bem a matéria!


Posto isto, analisemos cada um dos comentários individualmente.

Relativamente ao comentário da RV:

1.«os profs da sua cidade n correspondem à maioria nacional, o que aqui fala é de uma pequena maioria e em espaço restrito; como diz o ditado " quem está no convento é que sabe o q lá vai dentro"...»

Não é verdade. Os professores da minha cidade não são diferentes dos professores das outras cidades e posso afirmá-lo porque conheço vários casos semelhantes que ocorrem na grande cidade do Porto. Será que também esta cidade não serve como referência? Então qual servirá?


2.«Posso-lhe dizer que o processo de avaliação baseado na auto-avaliação foi primeiramente criado pelo ministério e administrado pelo mesmo durante décadas, ora se agora está mal então devem assumir o erro de o ter posto em prática durante o tempo em que existiu.»

Não tinha conhecimento de que assim era mas não consigo perceber a ratio desta afirmação... Se o modelo de avaliação era esse a agora o Ministério propõe-se alterá-lo, o que está a fazer senão a reconhecer que o modelo anterior não era um erro? O que se pretende? Que os membros venham a público auto-flagelar-se por medidas que concluiram ser erradas e pretendem alterar? Fiquei sem perceber...


3.«o que n posso aceitar é que todos os profs sejam avaliados mediante o número de docentes de determinada área dentro de um agrupamento, ou será q para si era justo será avaliada numa sociedade de advogados n perante os seus resultados m de acordo com o número de lugares disponíveis nessa mesma empresa?»

Em primeiro lugar, resposta à questão colocada: é claro que numa sociedade de advogados existe um número limitado de "lugares disponíveis" e só os "afilhados" ou os que provam ser muito competentes entram na mesma. Mas isto é totalmente irrelevante porque trata-se aqui de uma área de trabalho totalmente na disponibilidade das partes onde o Estado não entra. Se quisermos fazer um paralelismo, fá-lo-emos com um colégio privado. A sua proposta é que nesses colégios sejam admitidos professores sem qualquer limite de lugares? Então o privado não tem o direito de escolher quem lá quer meter?

Resolvido este primeiro ponto, o Estado não é obrigado a dar trabalho a todos os "aventureiros" que pretendem seguir a carreira docente e ingressar no ensino público sabendo que existe já um grande número de desempregados nesta área. Façamos o paralelismo: será o Estado obrigado a dar trabalho a todos os juristas que se licenciam por ano neste país? Qual é a lógica? Se há números limitados de vagas, porque não haveria a avaliação de servir para beneficiar os melhores? Afinal o que se pretende? Uma classe de funcionários públicos em que o professor dedicado e bom profissional está ao nível de um professor "desleixado"? Não está já mais do que claro para todos os portugueses que os funcionários públicos têm de começar a responder pela qualidade do seu trabalho?


4.«o q o ministério quer não é justo, humano e mt menos pedagógico pq o que pede é q os coordenadores de departamento dêem as notas que o ministério quer e n as que realmente merecem, pq tudo, tudo, tudo tem a ver com a questão das cotas, m isso penso eu q só entenderá qd entrar p o mercado de trabalho e o sentir verdadeiramente na pele.»

Assim como entre professores há maus profissionais mas também há muitos bons profissionais, o mesmo se passa no Ministério. Poupem-me às teorias da conspiração... E se ainda estou a lutar para entrar no mercado de trabalho é precisamente porque pretendo ingressar numa área que tem um número limitado de vagas e que exige dos candidatos um esforço e dedicação muito grandes. Porque não há-de ser assim nas outras áreas? Se não estivesse disposta a isto, podia sempre ir abrir uma loja de gelados! Mas se a carreira por que se opta implica uma retribuição paga pelo Estado (pelo dinheiro de todos) porque não há-de o Estado ser exigente e pretender avaliar os "seus" trabalhadores?


5.«sim pq no ensino não se paga à aula ou ao dia o q queremos, paga-se ao escalão e ao índice de vencimento, sendo este vencimento aquele q corresponde ás horas de aulas que se dá ficando sempre de parte questões pq o ensino nunca se restringe a uma só área m isso a maioria só perceberá no dia em que estiver à frente de uma turma com 30 seres individuais cada um c a sua especificidade afectiva, em salas geladas e velhas cujos quadros de electricidade desligam constantemente pela fraca potência q teem sp que se ligam os aquecedores e em escolas q estão a cair de podre por conta dos protocolos de luxo entre o minist. e as autarquias.»

É esta atitude de vitimização de descredibiliza a classe. Acaso julga que os funcionários da secretaria da escola recebem à hora ou ao dia? E os magistrados? Acaso julga que um Juiz recebe "ao julgamento" ou que alguém paga a um magistrado do Ministério Público as noites e fins-de-semana que passa de volta dos processos?

Quanto às condições de trabalho, isso depende imenso! Toda a vida frequentei escolas públicas. Quando estava na primária, chovia dentro da sala. Quando estava no secundário, tínhamos aquecedor nas salas. Portanto, depende! Há escolas com boas condições e há escolas com más condições mas isso depende de opções políticas de gestão de dinheiros públicos. Mas por que raio acham os professores que são os únicos coitadinhos que trabalham nestas condições? Também em relação aos tribunais se passa o mesmo! E nem por isso se ouve os magistrados a "chorar" a toda a hora! Já ouviu falar de tribunais com tectos a cair? Devia ir visitar alguns gabinetes de magistrados ou salas de julgamentos no interior do país para confirmar que os professores não são as únicas vítimas da falta de dinheiro!


6. Quanto ao resto, aconselho que releia com atenção o post que comentou. Garanto que uma leitura mais atenta será suficiente para perceber que fez uma incorrecta interpretação do que escrevi. Julgo que resulta bastante claro que concordo com os professores que defendem que a avaliação é bem-vinda desde que feita num modelo que garanta imparcialidade e transparência (o que não era garantido pelo primeiro modelo proposto pelo Governo). Não posso, obviamente, ficar do lado dos professores que dizem que são a favor da avaliação, mas depois apresentam como contra-proposta um sistema de auto-avalição que não passa, na realidade, de um modelo de não-avaliação.


Quanto ao comentário da ex-pressiongirl:

1.«Sendo professora e considerando que faço um bom trabalho adoraria ser avaliada por alguém que reconhecesse o meu trabalho de forma objectiva, não por ser minha amiga ou por achar-me boa pessoa, mas por considerar que sou capaz de transmitir conhecimento e manter os meus alunos motivados.»

Julgo que todos concordamos nesse ponto. Avaliação, em qualquer profissão, deve ser feita de forma objectiva e imparcial.


2.«Quem é que me poderia avaliar?»

Aqui apresenta alguns exemplos. Concordo que os exemplos apresentados (outros professores, alunos, pais dos alunos e resultados dos alunos) não são modelos ou critérios viáveis para garantir uma avaliação objectiva como se pretende. Mas porque não sugere um grupo autónomo encarregue de avaliar os professores? Um grupo externo? Por exemplo, um grupo de professores com vários anos de experiência e que largasse a docência para ter como função proceder à avaliação? Se é assim que ocorre noutras áreas, porque não lhes ocorre esta solução e perante a inviabilidade dos exemplos típicos apontam prontamente a impossibilidade de qualquer tipo de avalição? Não será que estão apenas a confirmar o que já muitos temem: afinal o que pretendem é que não exista qualquer avaliação?


3. Relativamente às considerações políticas, não me pronuncio porque cada um é livre de tecer as considerações que entender (desde que bem fundamentadas).


4.«Antes de avaliar professores gostava também de avaliar magistrados, gestores e políticos, pode ser?»

Aqui vem confirmada mais uma vez a tendência que os professores têm para se vitimizar sem sequer se irem informar sobre as condições de trabalho das outras classes profissionais deste país. Fica muito mal defender a oposição à avaliação só porque os outros não são avaliados. E pior ainda fica quando se opta por este tipo de defesa sem que haja um cauteloso estudo prévio. É que, ao contrário do que os professores pensam, a maioria dos profissionais são avaliados, inclusivamente os Magistrados! Mais uma vez, se tivesse lido o post com atenção, ainda que o não soubesse, tê-lo-ia deduzido...


Além do que aqui fica, subscrevo o que se pode ler aqui.


Para terminar, espero que isto não seja interpretado como um ataque pessoal às comentadoras em causa (para o qual não teria qualquer razão) mas como mais uma exposição da minha opinião.

Coisas bonitas

Através deste blog, descobri esta beleza:



Homo Baby Boom

Concorrência?

De marketing e publicidade e coisas relacionadas percebo zero!

Mas julgo que não é necessário ser especialista na matéria para perceber que não é com esta "escanzelada":


que se faz verdadeira concorrência à Sr.ª Dona Cláudia Vieira (sim, que ela é uma mulher casada, é preciso ter respeitinho...):


, pois não?

É que de cada vez que passo pela Irina Sheik da Intimissimi na rua penso "pfff... coitada... ainda tinha de comer muita sopinha!"

;p


Imagens daqui.

Pronto. Não aguento mais. Tenho de escrever sobre isto.

No início até tinha alguma solidariedade com os professores e pensava que de facto eles teriam alguma razão: que o modelo de avaliação proposto não era adequado e tal...
Claro que achava exagerado o protagonismo de alguns líderes sindicais e a teimosia de outros, mas até compreendia que lutassem até ao fim contra aquilo que consideravam ser adequado a conduzir ao descrédito da sua classe profissional.

Depois comecei a ouvir as queixas de alguns professores que se referiam à falta de tempo que ia resultar do modelo de avaliação aprovado... e aí... Alto lá e pára o baile!

Na minha cidade, é incontável o número de professores de escolas públicas que têm tempo para dar várias (várias mesmo!) horas de explicações privadas por semana (sem qualquer declaração desta actividade, claro está...)!
Além disto, toda a gente sabe que os professores do colégio privado que fica no centro da cidade são todos simultaneamente professores das escolas públicas! E depois dizem que não têm tempo?
Compreendo... Não têm tempo para se dedicar ao que devia ser prioritário: o ensino público através do qual auferem uma retribuição custeada por todos os cidadãos portugueses!

Com isto, a minha posição deixou de ser tão favorável aos professores...
Mas ontem eles lixaram tudo.

Ainda tenho de procurar nas notícias a confirmação do que ouvi ontem no Jornal da 2, mas se for verdade...

Então os gajos andam desde o início a dizer que não são contra a avaliação, são contra este particular modelo de avaliação e depois afinal a proposta apresentada pelos sindicatos é de que a avaliação seja feita por cada professor individualmente a si próprio?!
Perdi-me. Qual é a diferença entre isto e a não existência de avaliação? Então afinal são ou não são contra a avaliação?


Comecei a pensar na proposta deles... E se calhar até é boa ideia! Vamos alargar isso a outras actividades! Por exemplo: os magistrados!
Vamos acabar com os inspectores e vamos pôr cada magistrado a reflectir sobre o seu próprio trabalho e auto-avaliar-se! Que dizem? Já estou mesmo a vê-los, fechados nos seus gabinetes que cheiram a pó, com a luz do candeeiro e a secretária cheia de processos, de olhos fechados a reflectir profundamente e a fazer uma balanço da sua actividade naquele ano... O país só ficava a ganhar, não era?


Enfim...



Adenda (13/12/08, 15.45h): Uma das notícias que refere a tal proposta encontra-se aqui.

Comékié??

Não é novidade para ninguém que este blog tem sitemeter (até porque está bem visível).

Quem por aqui passa com alguma frequência já reparou também que nunca faço posts sobre sexo nem nada que se assemelhe (em primeiro lugar porque acho que esse assunto apenas a cada um diz respeito e em segundo lugar porque acredito que somente um número muito limitado de pessoas, do qual eu não faço parte, tem a capacidade de escrever sobre esse assunto sem cair na vulgaridade ou, por outras palavras, sem ser "reles").


Não pôde senão ser com o maior espanto (e com uma grande gargalhada acompanhada pela minha namorada e um amigo que estavam comigo nesse momento) que hoje encontrei no sitemeter o seguinte:



Comékié mesmo??
O que é que o senhor(a) procurava??

lol

Proposta:

qualquer blog cujo possuidor não saiba a distinção entre à e nem seja capaz de diferenciar o uso de um e/ou de outro, deve ser encerrado e o respectivo responsável proibido de voltar a escrever e publicar nos próximos 20 anos.

Perdoa-lhes, mãe, pois não sabem o que fazem...

Lembram-se de ter referido aqui umas "meninas" que me lixaram a vida, agravando e dificultando substancialmente a realização do meu trabalho e objectivos, apenas porque lhes custava muito levantar cedo e fazer sacrifícios físicos para atingir um objectivo profissional que ao longo das suas vidas lhes vai constantemente exigir que se levantem cedo ou que passem noites sem dormir?

Afinal está já tudo explicado!

Agora percebo e perdoo-as. Coitadas... Não têm culpa, não é?
Cada um é como é, temos de aceitar as diferenças e limitações de cada indivíduo e seria injusto ser muito exigente com as "meninas"...

Afinal... elas são militantes do CDS-PP!

Intervalos do estudo...

Já tinha lido aqui acerca dos dois novos partidos aprovados pelo T. C.

Em relação ao Movimento Esperança Portugal ainda não tive tempo para me informar em profundidade mas só o nome já diz muito (ou mesmo tudo)...
Li as ideias expostas relativamente à área da justiça e a conclusão é: escrevem muito mas não dizem nada (tem muitas letras na exposição de ideias mas no final, bem espremidinho, não fica conteúdo algum). Além disso não dizem nada de novo e o que defendem é o que já vem sendo feito há alguns anos...
(E agora aqui entre nós que ninguém nos lê... É pá... a Laurinda Alves? Por amor de deus... Será preciso escrever mais alguma coisa?)

Já quanto ao Movimento Mérito e Sociedade, fiquei algo entusiasmada com o que ontem li no Mundo Universitário desta semana.
Na página 4 encontra-se uma entrevista a Eduardo Correia e uma coluna "Ponto por Ponto" através da qual fiquei a saber a posição daquele senhor em relação a temas "fracturantes" (agora passo a vida a usar esta palavra no gozo...):

Aborto: "(...) Sou a favor da despenalização do aborto."

Casamento e adopção homossexual (o que quer isto dizer? alguém me explica?): "(...) Devemos ter o direito de casar e viver com quem muito bem entendermos. (...) Na adopção o que importa é a criança ter carinho. Se é criada por um homem, uma mulher, dois homens, duas mulheres, uma avó, por amor de Deus... Temos de parar de catalogar as pessoas dessa forma. (...)"

Drogas: "(...) sou contra a liberalização da venda de droga, mas não o consumo. (...)"

Referendos: "(...) Só utilizam o referendo em matérias em que não se querem comprometer, por medo de perder votos. (...)"


Fiquei entusiasmada com o que li! Cheguei a casa e lá fui espreitar o site deles. Como dizia pouco, fui ler o Manifesto.

Comecei logo a ter comichão!!
Chiça!!
Vade retro seu liberal camuflado!! (se calhar não tão camuflado quanto isso, eu é que estava desatenta)

Concluindo: dois partidos novos mas, definitivamente, nada de novo.

Coisas que se aprende com a experiência

Não há nada mais estúpido do que o preconceito por homossexuais em relação a outros homossexuais.

É só para quem merece

Na semana passada vivi uma das experiências mais frustrantes que se pode ter: uma Exma. Sr.ª Doutora passou meia hora a falar sobre um assunto e eu perdi-me logo nos primeiros 5 minutos. Não desisti e até ao fim estive muito atenta a tentar perceber que raio de contrato mais marado era aquele que ela apresentava. Meia hora sem perceber. Ainda por cima sem ter coragem para perguntar (apesar de ter a certeza absoluta que 70% das pessoas à minha volta também não estava a acompanhar...)

Uma pessoa normal, nesta situação, iria para casa e teria de se debruçar sobre o assunto, estudar um pouco, ver várias hipóteses práticas...

Só que esta Gayja é uma sortuda (e de normal tem muito pouco)!
Teve o privilégio de ter a cunhada, no tempo de um cigarro no intervalo, a explicar todo o regime, esclarecer dúvidas e ainda dar 2 ou 3 exemplos práticos!

Isto não é para quem quer... é para quem merece! ;)

Está a chegar

o natal e com ele o dispêndio estúpido de dinheiro em coisas que não interessam para nada!
Por isso, depois de sugestão da minha namorada, lembrei-me de colocar aqui uma ideia para um presente útil:



"Entende a autora que, «mais importante do que ensinar-lhes que somos todos iguais, é ensinar-lhes que somos todos diferentes e só temos a ganhar com isso. São as diferenças que nos distinguem uns dos outros, e que nos ensinam que o outro não é melhor ou pior que eu, só diferente, e isso é bom».

«Ensinar estes valores do amor, da verdade, da segurança ou da diferença, deve ser feito quando eles são crianças, pois é nessa altura que para eles ser branco, preto, amarelo ou vermelho não faz, na verdade, diferença nenhuma, desde que sejam amados como têm o direito de o ser», acrescentou."

Eu quero o meu Domingo de volta...

Malditos fins-de-semana prolongados que não fazem diferença nenhuma para quem tem de trabalhar, só servem para baralhar o ritmo biológico e retiram-me a minha tão típica (e saudável) depressão domingueira!!

Por causa desta perda de ritmo, ontem esqueci-me de escrever aqui que, como já tinha acontecido antes (aqui e aqui), a minha namorada voltou a acordar e dizer para eu desligar a televisão (sendo que o som provinha da aparelhagem e não temos televisão no quarto)...
Será que estou a detectar algum estranho padrão de comportamento domingueiro? ;p

Secularismo

Estava a preparar-me para escrever um post a propósito da oposição expressada pelo Vaticano à proposta francesa de despenalização da homossexualidade em diversos países e estava a tentar escolher as palavras cuidadosamente para não faltar ao respeito à Igreja Católica (com a qual não tenho qualquer tipo de relação mas à qual aplico o mesmo princípio básico de respeito que aplico a qualquer religião).



Contudo, lembrei-me que o Vaticano não é apenas o reflexo de uma instituição religiosa.
É, principalmente, um Estado.
Se fosse um país qualquer a declarar a sua oposição à proposta francesa eu não teria qualquer pudor em lhe dirigir palavras pouco simpáticas.
Ora se o Vaticano, quando profere estas declarações, vem interferir em questões de política criminal (campo de intervenção estadual) actua na sua veste de Estado pelo que inexiste qualquer justificação para ataques ou críticas contidas.

Assim sendo, para o Vaticano:


Ide-vos foder!






PS: e já repararam que a notícia fala em "opção sexual"? Ainda temos muito caminho para andar...






Two hearts are beating, together.

I’m in love, I’m in love.
Is this forever, and ever?
I’m in love, I’m in love




Dinheiro não traz nem felicidade nem outras coisas...

Ontem era um dia especial e o casalinho da casa, como adora ter pretextos para se tratar bem, foi jantar a um restaurante que já queria experimentar há algum tempo mas cujos preços eram pouco convidativos.

Na véspera, depois de ter escolhido o restaurante, questionamo-nos se havíamos de reservar mesa. "Bem, como é um espaço mais caro, se calhar não é necessário reserva porque não deve ter muita gente...", pensei eu. "Afinal, o país está em crise, o jantar não deve ficar por menos de 45€ por pessoa e não haverá muita gente a celebrar qualquer coisa especial nesse dia."Vou ligar para fazer reserva", disse ela. E assim foi.

O grande choque ocorreu quando lá chegamos. Mesas livres? Só a que nos esperava! (Eu sou tão ingénua... Ainda acredito que a crise afecta as classes altas... nunca mais aprendo...)
Adorei o jantar (principalmente a companhia)!

A comida era divinal.
O serviço era excelente.
O espaço era muito agradável.
A clientela era do mais reles que possam imaginar.

Desde miúda que tenho a sorte de os meu pais, de vez em quando, me levarem a jantar a sítios onde, se dependesse da minha carteira, não iria. Habituei-me a encontrar nesses espaços pessoas com um certo tipo de comportamento. Se calhar é um preconceito que fui desenvolvendo, mas o que verifico é que nesses sítios as pessoas têm mais cuidado com a educação, boas maneiras e delicadeza.
Ontem, se avaliasse pelas pessoas que me rodeavam, pensaria estar a jantar no Piolho (sem qualquer desmérito para este que frequento há alguns anos).

Na mesa que estava no canto, uma senhora comia com a mão esquerda no colo, o tronco todo inclinado para cima do prato e com o garfo na mão direita, que quase não precisava levantar para chegar à boca por esta estar a poucos centímetros do prato. (blhérk!)
Ao nosso lado, um senhor tirava comida do prato dele para pôr no prato da senhora que jantava com ele, ela tinha o elástico do cabelo pousado em cima da mesa, usava a mão direita para abanar no ar o garfo com uma batata espetada na ponta enquanto falava e nunca se ouviu um "obrigado" para quem os servia. (medonho!)
Atrás de nós, uma senhora soltava gargalhadas com um volume tão alto que nem a mesa "lá do fundo" escapava de as ouvir. (assustador!)


Já tive algumas discussões por causa deste assunto.
Ok, é claro que eu não sou o "topo" das boas maneiras à mesa. Por vezes também cometo um ou outro erro (principalmente quando não estou à vontade), mas são menores! São erros que podem "escapar" e não aquele tipo de erros que demonstram uma lacuna muito profunda na educação ou desenvolvimento de boas maneiras (porque mesmo quem não aprende em casa pode aprender por si mais tarde).

Lição de ontem à noite: dinheiro até pode não trazer felicidade mas o que não traz de certeza é boa educação.

No dia seguinte:


- E então, achas que é difícil manter uma relação?


- Não! Não tem nada de difícil.

- Não?!

- Poderá dar algum trabalho, mas difícil não é.

- Não digas uma coisa dessas que alguém pode ouvir-te!! São anos e anos de cliché que vão pelo cano abaixo! E os clichés e a morte são as únicas certezas desta vida!

- (riso)

- Sim, podes fazer um post com isto...

- (gargalhada)
- Não queria que a minha mãe se apercebesse que eu saí... Senão vou ter de lhe dizer: fui para a rambóia comemorar um ano de namoro com a "namorada da Gayja".

- Não, diz antes à tua mãe: fui comemorar um ano de rambóia com a "namorada da Gayja".
Namú!! Olha, olha!!
As meninas hoje fazem um ano de namoro
(oficial)!!


hihihi


*ama.se.te* (mais e mais e mais e mais...)

Às vezes também me canso de ser teimosa


Eu com um daqueles ataques de entusiasmo típicos de quando julgo ter "descoberto a pólvora" e convicta que desta vez ia convencê-la:

- Amor! Sabes uma coisa? Acho que não é preciso pôr água! Sabes porquê? Porque isto quando...

- Não.

- Ah... Ok...

- (com um grande sorriso) You are easy to be around...


Dia-a-dia

Todos os dias, um gesto muito simples e banal transforma-se num momento de pura agonia.

Tudo começa com: pousar uma folha, pegar numa Bic cristal de tinta preta e escrever a data no canto superior direito da página.
No preciso momento em que escrevo o dia sinto uma explosão dentro da minha cabeça, sou transportada para uma sala sem janelas e sem luz, começo a ver calendários com os dias todos riscados no meio de "calhamaços" e mais "calhamaços", sinto um aperto no peito, o medo começa a percorrer as minhas veias, os músculos contraem-se e começo a "entrar em parafuso"!

Felizmente é de curta duração... Não há tempo a perder com stresses...












ǝʇ˙oɯɐ



Gayja:

cansada, implicativa, com alterações de humor, cheia de "garra", com falta de ânimo, num dia a achar-se a maior, no dia seguinte a achar-se o maior pedaço de m3rd@, cheia de sono, sem conseguir dormir, com peso na consciência, com vontade de apanhar sol...

Estranha.







PS: a Orquídea desafiou-me mas não quero que ninguém apanhe uma depressão por vir aqui portanto não posso colocar neste blog uma frase do livro que tenho aqui à minha beira. :p