Marcha LGBT Lx/08

"Ah... Não estou em Lisboa esse fim-de-semana..."
"Não me dá jeito... Vou a um concerto..."
"Não posso, tenho de estudar..."
"Não vou nesse fim-de-semana porque vou noutro a seguir."
"Não dá... Tenho um convite para uma festa nesse fim-de-semana."




Desculpas.
Desculpas.
Desculpas!


Uma coisa é dizerem-me: "não vou porque não quero" ou "não vou porque sou contra".

Outra coisa é "fugir com o rabo à seringa" atirando a Marcha para segundo plano como se não devesse ser uma prioridade para todos os homossexuais deste país (e já nem vou falar dos heterossexuais...).

Todos estão lá quando é para dizer que é uma chatice no trabalho ter sempre de ter cuidado com o que se diz para não nos expormos. Estão todos lá quando é para afirmar que por vezes é castrador não poder dar a mão ou beijar a/o namorado/a na rua ou no café. Todos concordam que não é justo não podermos casar e adoptar. Todos concordam que é indecente a discriminação que muitos de nós ainda sofrem em casa, principalmente os mais novos. Todos concordam que isto tem de mudar.

Nem todos concordam que tal se consiga através de uma Marcha porque mesmo dentro dos círculos gays ainda há quem ache que a marcha é um carnaval ou uma festa.

Em Lisboa, há de facto uma festa na Praça do Comércio a que chama "Arraial".
Contudo, esta não se confunde com a Marcha que tem lugar à tarde. A Marcha é uma forma de protesto. É uma manifestação. É uma forma de luta garantida pela Constituição!

Quando é que as pessoas vão meter na cabeça que ir à Marcha lutar pelo direito à igualdade de tratamento perante a lei é ainda mais fundamental e básico do que ir a uma qualquer manifestação de sindicatos na luta pela melhoria de condições de exercício de direitos já reconhecidos/adquiridos?

Quando é que vão meter na cabeça que a Marcha é uma forma de luta fundamental nos movimentos LGBT?
Imaginem por exemplo esta situação: no dia posterior à Marcha surgia nos jornais a notícia de que este ano a adesão tinha ascendido às 5000 pessoas. Imaginam o impacto que isto teria?
E agora, como acham que se chega a este número? Ficando à espera que as outras pessoas o façam?

Quando é que as pessoas vão meter na cabeça que é fundamental a participação de todos e de CADA UM !?

1 sobreviveram ao "lápis azul":

Anônimo disse...

concordo contigo!